Os vereadores aprovaram na sessão desta segunda-feira (09) a criação da Frente Parlamentar de Fiscalização Permanente do Sistema de Saúde de Cascavel. Esta é mais uma ferramenta para a defesa dos interesses coletivos dos cascavelenses que diariamente enfrentam filas para conseguir atendimento ou aguardam meses por consultas e cirurgias.
A frente parlamentar é suprapartidária e tem, neste caso, a intenção de fiscalizar de forma contínua e permanente as ações executadas pelo sistema público e privado do município, além de dar continuidade aos trabalhos iniciados pela Comissão Parlamentar de Inquérito, denominada CPI da Saúde.
O presidente da Câmara, Gugu Bueno (PR), usou a tribuna para comentar a relevância da proposta, “durante a CPI da Saúde nós tiramos os gestores da saúde da zona de conforto. É inacreditável que continuem com a consciência tranquila sabendo que há pessoas esperando mais de 30 dias por um leito ou morrendo nas UPAs”.
Bueno destacou alguns números resultantes do trabalho desenvolvido pelos vereadores. “Conseguimos um percentual de aumento de 28% nas consultas, diminuição de 60% nas filas de espera, melhoras significativas no funcionamento das Unidades Básicas de Saúde e transparência no cumprimento da jornada de trabalho dos médicos”, explicou o vereador.
A partir de agora, os vereadores têm sete dias para formar o grupo da Frente Parlamentar, que deve atuar por meio de audiências públicas, reuniões e visitas técnicas. Dentre as atribuições estão monitorar a execução de planos e projetos relacionados à temática da saúde; sistematizar as leis municipais que tratam sobre a saúde pública em âmbito municipal; criar um disque denúncia; formular diretrizes e incentivar a promoção de políticas em todos os níveis da Administração Pública e elaborar ou sugerir projetos de lei que visem a assegurar condições melhores a saúde da população local.
João Paulo (PSD), que também fez parte da CPI da Saúde, salientou a importância do trabalho incessante dos legisladores pela qualidade do atendimento. O vereador lembrou o caso da UPA Veneza, cuja construção, antes mesmo de ser finalizada, precisou de reformas. Durante a CPI da Saúde, a questão foi investigada e os resultados apresentados ao Ministério Público, imprensa e sociedade.
Assessoria de Imprensa/CMC
