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Martírio de Dom Oscar Romero é lembrado por Professor Paulino

Na sessão desta terça-feira(24), o vereador Professor Paulino (PT), fez memória do martírio do bispo salvadorenho Oscar Romero.“Conhecido por ser um defensor do povo trabalhador, um profeta da esperança, um homem público, que tinha seu valor reconhecido não por belas palavras ou pelo exercício de retórica, mas sim pelo testemunho de vida que somente aqueles verdadeiramente compromissados com o mundo melhor podem dar,” enfatizou o vereador.

Defensor dos pobres e oprimidos, dos camponeses e operários, o bispo Oscar Romero foi assassinado a 24 de março de 1980 por um comando de extrema-direita quando celebrava missa na capela de um hospital oncológico.

Conheça a sua história

Oscar Arnulfo Romero Gadamez nasceu no dia 15 de agosto de 1917, em Ciudad Barrios, El Salvador. Membro de uma família numerosa e pobre, quando criança tinha uma saúde frágil. Entrou para o seminário aos 13 anos. Aos 20, foi completar os estudos de Teologia em Roma, onde foi ordenado, em 1943.
Retornou a El Salvador, onde foi pároco durante 26 anos. Generoso, visitava os doentes, lecionava nas escolas, foi capelão do presídio. Na época, os pobres da região faziam fila na porta da casa paroquial, onde recebiam ajuda. Padre Oscar conheceu a miséria profunda que assolava o país.
Na década de 1970, El Salvador vivia grandes conflitos, enquanto a maioria dos países sul-americanos eram dominados por ditaduras militares. Em 1977, ele foi nomeado bispo de El Salvador, chegando à capital com fama de conservador.

Dois anos depois, o presidente do país foi deposto por um golpe militar. A ditadura se instalou e acirrou a violência. Reinou o caos político, econômico e institucional no país. De janeiro a março de 1980 foram assassinados 1015 salvadorenhos. Os responsáveis pertenciam às forças de segurança e às organizações conservadoras do regime militar instaladas no país.

Entre os mortos, dois sacerdotes que ousaram defender camponeses que pediram abrigo em suas paróquias. Dom Romero teve de se posicionar, colocando-se no meio do conflito, para tentar resolvê-lo. Ameaçado de morte, o bispo criticava duramente a inércia do governo, as interferências estrangeiras e as injustiças praticadas pelos grupos revolucionários. Naquele mesmo ano, dom Oscar Romero pagou com a própria vida o preço por defender o povo.

O padre José Oscar Beozzo, historiador, teólogo e pesquisador da vida do bispo salvadorenho, atesta que, apesar do bloqueio do processo de beatificação durante tantos anos, desde o dia do martírio Oscar Romero é considerado santo. Em artigo publicado no site Adital, o estudioso afirma que desde então ele é invocado com o título de São Romero da América Latina.

Segundo o historiador, antes mesmo do reconhecimento da Igreja Católica, outras denominações cristãs já haviam incluído dom Oscar Romero em seus calendários litúrgicos como mártir, exemplo de vida e santidade e inspiração para os fiéis. Foram os casos da Igreja Anglicana da Inglaterra e a Igreja Luterana da Alemanha.

Assessoria/ Vereador Professor Paulino