Nesta sexta-feira (04) os vereadores Celso Dal Molin e Policial Madril entregaram ao à 7ª Promotoria do Ministério Público um documento solicitando a tomada de providências e abertura de inquérito civil e criminal a respeito da venda em Foz do Iguaçu e Ciudad del Este de uniformes escolares com o brasão do município de Cascavel.
Chegaram ao conhecimento dos vereadores informações de que o uniforme distribuído gratuitamente para os alunos da rede municipal de ensino de Cascavel estaria sendo comercializado em lojas na cidade de Foz do Iguaçu e em suas filiais localizadas no Paraguai.
No dia 25 de abril, os vereadores seguiram até a fronteira para verificar se as denúncias procediam e encontraram lojas tanto em Foz do Iguaçu quanto no Paraguai nas quais estava sendo feita a comercialização dos uniformes, inclusive com o brasão no município de Cascavel e em perfeito estado de uso. Os modelos comercializados eram idênticos àqueles utilizados na gestão passada na rede municipal de ensino. Os vereadores compraram duas jaquetas e uma camiseta de manga longa em lojas diferentes, mas da mesma rede. Na loja brasileira foi até emitida uma nota fiscal do produto, com custo de 20 reais a peça. A empresa que tem vendido os uniformes é a 4X4 Confecções Sport Fitness – que possui sete filiais, sendo duas no Brasil e cinco no Paraguai.
Na loja, foi informado aos vereadores que seria possível fazer grandes pedidos, dando a entender, como explica o vereador Celso Dal Molin, que havia grande estoque, inclusive com uma encomenda de 200 peças para uma cliente do estado do Rio Grande do Sul, que tiraria os brasões e revenderia as peças.
“Analisando as peças, é possível verificar nas etiquetas que a distribuição é a mesma das duas empresas ganhadoras de licitações para fornecimento de uniformes escolares para o município de Cascavel: Bela Vista Papelaria e Distribuidora Eireli-Me e Nilcatex Têxtil Ltda”, afirma Madril.
Os parlamentares acreditam que as evidências apontam a necessidade clara de apuração dos fatos por parte do Ministério Público, a fim de investigar se de fato houve crime por parte dos agentes públicos municipais, empresas ganhadoras das licitações para fabricação dos kits ou outros, seja por falsificação ou estelionato.
Assessoria de Imprensa/CMC