Com atendimentos agilizados no sistema de saúde em Cascavel, depois das auditorias diárias que verificam a presença de leitos vagos nos hospitais e não informados à Central de Regulação, agora é a vez de o estado assegurar as condições necessárias, em termos de estrutura, pessoal, equipamentos e materiais, para que as pessoas tenham atendimento adequado nos hospitais, especialmente no Hospital Universitário. Essa é a posição do vereador Roberto Parra (MDB), secretário da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Cascavel, que ocupou a tribuna durante a sessão de hoje (18) para falar sobre os leitos vagos na cidade.
Parra lembrou que desde o dia 2 de novembro a 10ª Regional de Saúde tem realizado fiscalizações diárias nos três hospitais conveniados para verificar a presença de leitos vagos não informados ao órgão de regulação de leitos. Entre os dias 2 e 11 de novembro essa auditoria descobriu 244 casos de sonegação de leitos, vagas que estavam disponíveis e não informadas.
“Isso só mostra que a Comissão de Saúde da Câmara sempre esteve certa quando foi até os locais de atendimento e denunciou a superlotação nas UPAs ao mesmo tempo em que haviam leitos disponíveis nos hospitais”, avalia o vereador. Parra fez questão de lembrar que quando a comissão começou a fazer as denúncias de leitos vagos, os vereadores foram criticados. “Disseram que vereadores da comissão faziam politicagem, que estavam fazendo palanque político do HU. Mas agora a auditoria desfaz isso e mostra que estivemos sempre certos”, afirma.
Parra lembra que 244 leitos que estavam disponíveis e não informados significariam 244 pessoas a menos internadas nas UPAs, aguardando vagas nos hospitais.
FALTA DE MATERIAIS
Parra informou durante sua fala na Tribuna que agora a preocupação da comissão é com as denúncias de que está havendo falta de materiais de trabalho no HU. “Os servidores não podem trabalhar sem uma estrutura adequada. Então, o Estado precisa providenciar a solução desses problemas para assegurar o melhor atendimento à nossa gente”.
O presidente da Comissão de Saúde, Josué de Souza (PTC) pediu aparte para colaborar com a análise. Segundo ele, na tarde deste domingo (17), chegaram a ele denúncia de que estariam faltando materiais básicos no HU, como gaze, esparadrapo e até mesmo papel higiênico.
“Fiquei muito preocupado com essa denúncia e a comissão de saúde vai verificar se essa situação procede ou não”, comentou. Josué e Parra informaram que a comissão iria verificar essa situação ainda hoje (18) durante visita ao HU. “Tendo em vista que agora o HU está atendendo em plenitude de vagas que os municípios da região precisam, há necessidade que esses materiais estejam disponíveis em quantidade suficiente no HU. Se for preciso, vamos apelar ao município, ao Estado e à Unioeste para corrigir esse problema”, disse Josué. “É inaceitável que paciente fique lá e que não seja atendido adequadamente por falta de produtos básicos”.
O vereador Parra, que é vice-presidente da Câmara, disse que a comissão e o Legislativo Municipal estão cumprindo seus papéis, de representar o interesse público nas demandas. “Lutamos para colocar as pessoas no local correto de internamento. Mas o hospital precisa do aporte do governo do Estado. As pessoas internadas precisam de alimento adequado, dos materiais necessários para atendimento necessário”, disse.
“Sempre falamos aqui e reiteramos: se a direção do HU sente a necessidade de mais servidores, de materiais de trabalho ou de aporte financeiro, pode contar conosco para levantar essas bandeiras e cobrar soluções, inclusive do Estado”, finalizou.
Desde o dia 2 de novembro, conforme dados da 10ª. Regional de Saúde, os 244 leitos disponíveis e não informados ao Consamu, que é responsável pela regulação dos pacientes, dizem respeito aos três hospitais conveniados (HU, São Lucas e Hospital do Coração - Salete), sendo 90 casos no HU, 120 no Salete e 34 no São Lucas. Isso relativos às fiscalizações ocorridas entre os dias 2 e 11 de novembro.
Assessoria de Imprensa/CMC