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Paulo Porto cobra diálogo do Executivo com servidores da saúde

No primeiro dia de paralisação dos servidores da saúde de Cascavel, parte do movimento grevista realizou uma manifestação nesta segunda-feira (23/02) na Câmara de Vereadores, onde os parlamentares realizavam um período de sessão ordinária. Com faixas e cartazes, os funcionários cobraram abertura de negociação e distribuíram aos parlamentares uma carta em resposta ao prefeito Edgar Bueno (PDT) que declarou que o movimento é "abusivo" e que a greve é "ilegal".

O vereador Paulo Porto (PCdoB), que acompanhou as duas últimas assembleias promovidas pelo Sismuvel (Sindicato dos Servidores Municipais de Cascavel), lamentou a falta de diálogo por parte do Executivo e o pronunciamento oficial do prefeito Edgar Bueno (PDT). "Lamento as declarações do prefeito que denominou o movimento de abusivo, inoportuno e ilegal, além das ameaças de sanções administrativas como punição aos grevistas", afirmou.

Porto fez a leitura no plenário do documento entregue pelo presidente do Sismuvel, Ricieri D`Estefani Junior. Entre os pontos destacados no documento, o sindicato argumenta que indicativo da greve não é "abusivo", que a toda data-base é discutida de forma antecipada e que as reivindicações vêm desde 2010, que a greve é um direito legítimo previsto na Constituição e, ao final, é reiterada a disposição da entidade em dialogar. "Embora o governo municipal tenha fechado todas as portas para o diálogo esta não é a postura do SISMUVEL e dos Servidores da Saúde que têm mantido de forma contínua o desejo de dialogar”, diz trecho do documento.

A pauta de reivindicações dos trabalhadores inclui itens como jornada de trabalho, adicional de urgência e emergência, reajuste salarial, adicional de insalubridade e repasse do PMAQ - Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade - aos PSF e UBS, conforme portaria do Ministério da Saúde.

Na conclusão de seu pronunciamento, o vereador Paulo Porto voltou a prestar solidariedade e apoio aos servidores municipais de saúde na esperança que o Executivo reconheça a legitimidade do movimento e abra as portas para uma negociação com a categoria.

Júlio Carignano / Assessoria do vereador Paulo Paulo