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Paulo Porto declara solidariedade aos trabalhadores do transporte coletivo

Sem negociação salarial desde novembro do ano passado, quando da data base para reajuste, o transporte coletivo em Cascavel deve parar a partir de quinta-feira (12). A greve dos trabalhadores nas empresas de transporte público foi aprovada em assembleia pela categoria na sede do sindicato. Os trabalhadores solicitam o índice da inflação do período de 2,55% e aumento de R$ 100 no vale alimentação, que hoje é de R$ 300. Porém as empresas se recusam em dar o aumento no benefício, mas acenam favorável em repor a inflação.

Para o vereador Paulo Porto, que fez seu primeiro pronunciamento como vereador pelo Partido dos Trabalhadores (PT), que foi contra a lei da bilhetagem eletrônica, “Cascavel tem uma das linhas mais lucrativas em relação a concessão do transporte urbano, e é um dos municípios que menos paga aos trabalhadores do transporte” afirma. A bilhetagem eletrônica, chamada de Vale Sim em Cascavel, aprovada pela Câmara de Vereadores, tinha como promessa baixar o valor da passagem e deixar o transporte público melhor e mais humanizado, “Ficou melhor apenas para as empresas que demitiram centenas de trabalhadores, trabalhadores que até hoje ainda seguem impactando no preço da tarifa” conclui Porto.

As empresas donas das concessões no município afirmam não poder dar reajustes aos motoristas, pois a prefeitura ainda não autorizou o aumento da passagem forçando uma “briga” na justiça. As empresas querem aumentar de R$ 3,90 para R$ 4,60, a prefeitura já sinalizou que pode autorizar um reajuste da passagem para R$ 4,15. Esse aumento chega quase aos 7% já a reposição para os motoristas fica em 2,55%.

O salário de um motorista de ônibus em Cascavel é hoje R$ 2.361,00 enquanto em Foz do Iguaçu, um motorista recebe R$ 2.682,00, “O IPK de Cascavel (Índice de Passageiro Transportado por Quilometro Rodado) é maior que o de Foz – em Cascavel é de 1,4 já o de Foz é de 1,2” afirma Porto. “Isto significa que aqui (Cascavel) as empresas ganham mais e pagam menos (aos trabalhadores) ”, conclui o vereador.

O poder executivo prometeu no início do ano de 2019 uma auditoria independente que daria a condição de, hoje, debater com as empresas a partir dos números reais das planilhas. A auditoria não foi feita e segue sem prazo. Porto enviou requerimento para saber o andamento da auditoria prometida pelo prefeito Paranhos nas empresas do transporte coletivo. “A impressão que dá é que falta ou competência ou coragem para esta gestão. Mas o pior é a resposta quando indagamos se temos prazo para realização deste estudo e a resposta é um simples e lacônico NÃO” diz o vereador. “Perguntamos se existe algum protocolo ou estudo já iniciado para a contratação desta Auditoria, pedimos cópias destes protocolos e estudos caso existissem” continua. O executivo confirma que estudos foram iniciados, porém os documentos não foram apresentados, “Serei forçado a fazer um novo requerimento” conclui desapontado o vereador.

Paulo Porto acredita que Cascavel está refém das empresas do transporte coletivo e da apatia do poder executivo, “Quem sofre são os trabalhadores do transporte e, obviamente os usuários” diz. “Fica minha solidariedade aos motoristas do transporte urbano que lutam pelos seus direitos, e o lamento pela nossa gestão, incapaz de cumprir sua promessa em fazer uma simples Auditoria nas planilhas de custo das empresas” conclui Paulo Porto.

Assessoria Vereador Paulo Porto/CMC