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Políticas públicas de prevenção ao suicídio são tema de debate na Câmara

O vereador Alécio Espínola (PSC) realiza amanhã, sexta-feira (21), a partir das 8h30, uma audiência pública para debater com especialistas, entidades de classe, universidades e demais instituições de ensino e poder público, políticas públicas para prevenção ao suicídio na cidade.

De acordo com o proponente da audiência, Alécio Espínola, a Câmara de Cascavel não pode se eximir do debate sobre este tema tão importante para a coletividade hoje. Entre 2011 e 2015, o número de suicídios cresceu 12% no Brasil. As estatísticas apontam que o suicídio é mais frequente entre jovens entre 15 e 29 anos, entre indígenas, no grupo dos idosos com mais de 70 anos, e proporcionalmente à população, na região sul do Brasil. É preocupante ainda o aumento de 30% nos índices de suicídio entre jovens nas últimas décadas.

Alécio Espínola disse que por trabalhar diretamente com situações de prevenção e tratamento à drogadição tem se deparado constantemente com situações de depressão e não raras tentativas de suicídio.

Dentre os principais fatores de risco apontados por especialistas estão: 90% das vítimas apresentavam pelo menos um transtorno psiquiátrico, especialmente a depressão, considerada o principal fator de risco para o suicídio. Além disso, alcoolismo e uso de drogas, esquizofrenia; questões sociodemográficas, como isolamento social; psicológicos, como perdas recentes; e condições clínicas incapacitantes, como lesões desfigurantes, dor crônica, neoplasias malignas são também consideradas fatores de risco importantes.

Em 2017 foram registrados 14 suicídios no município neste ano. O município de Cascavel já tem uma rede funcionando e tem trabalhado de forma intersetorial, envolvendo desde a atenção básica nas UBSs até o atendimento especializado de psiquiatria e psicologia. Porém, de acordo com o vereador, “é preciso pensar novas estratégias de prevenção e também em trabalhos de conscientização em escolas, faculdades e locais frequentados por adolescentes e jovens”.

Foram convidados para debater o assunto o Conselho Regional de Psicologia, as secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social, o Conselho Municipal da Criança e Adolescente, a 10ª Regional de Saúde, o Centro de Valorização à Vida (CVV), a Divisão de Saúde Mental do município, o Núcleo de Proteção à Criança e Adolescente – Nucria, a 8ª Promotoria de Justiça Infância e Juventude, a 9ª Promotoria de Justiça Ministério Público Paraná e a Liga de Psiquiatria da Unioeste.

Assessoria de Imprensa/CMC