O vereador Paulo Porto (PCdoB) esteve nesta quinta-feira (28/4) no local onde funcionam o Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas Cegas e com Visão Reduzida de Cascavel (CAP Municipal), Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento as Pessoas com Surdez (CAS) e o Centro Municipal de Educação Básica para Jovens e Adultos (EJA) Paulo Freire.

Acompanhado pelo professor de libras, Julio Marcos de Souza, membro da diretoria da Associação de Surdos de Cascavel (Surdovel), Porto verificou as instalações e as demandas dos servidores. Instalados desde 2008 em um espaço na rodoviária locado pelo município junto à Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito (Cettrans), EJA, CAP Municipal e CAS atendem 190 alunos, desde crianças com idade de berçário até idosos.

A realidade do local é totalmente inadequada para as condições estruturais, pedagógicas e de acessibilidade. Logo na entrada, num mesmo espaço, funcionam secretaria, sala de produção de material de libras, direção e coordenação do CAP e CAS. Em uma sala de aula com pouco mais de 12 metros quadrados, professores dão aulas para duas turmas com 25 alunos do EJA. Em meio às aulas, o barulho do cotidiano da rodoviária. Na lavanderia mal cabem duas pessoas.

Os problemas dos trabalhadores não se restringem apenas no espaço interno improvisado. Os servidores não contam nem mesmo com um local para deixarem seus veículos particulares desde que o estacionamento da rodoviária foi fechado e terceirizado pela Construtora e Administradora Mantiqueira (Cotema Ltda).

Como tentativa de resolução o Executivo já anunciou uma solução que será apenas paliativa. Em relação ao Centro Municipal Paulo Freire, a Secretaria de Educação anunciou a locação de um edifício nas proximidades da rodoviária, porém para que o EJA deixe em definitivo a rodoviária ainda são necessárias adaptações nas salas comerciais e a previsão inicial de data - maio - não deverá ser cumprida. CAS e CAP também deverão deixar o espaço, mas não há definição de um novo local.

Para o vereador, novas locações não resolverão os problemas de estrutura para um atendimento adequado aos alunos. "Os novos locais precisarão de adaptações e permanecerão sendo provisórios. Há uma necessidade de mudança urgente daqui da rodoviária, mas os problemas só resolverão com a construção de novos espaços próprios em terrenos públicos. Não entendemos essa priorização de gastar com locações".

A precariedade do atual espaço faz com uma demanda não seja atendida. "Cascavel é uma das poucas cidades do país que conta com um CAP Municipal, seu atendimento, assim como CAS e o EJA são referências mesmo diante cenário de total precariedade e improvisação. Caso estivessem em local adequado essa demanda atendida dobraria. Como não há previsão de uma resolução definitiva para essa situação, fica nossa expectativa que o próximo prefeito seja mais sensível para esse problema que há anos já são apontados para que seja atendida essa importante demanda".

Julio Carignano/ Assessoria de imprensa/Paulo Porto