Informações veiculadas na imprensa nos dias 27 e 28 de abril, referentes à antecipação do recesso escolar de julho para o mês de maio, bem como o retorno das atividades de forma remota, fizeram com que o vereador Paulo Porto (PT) protocolasse ofício junto à Secretaria Municipal de Educação (SEMED) para saber como esse processo será realizado.
“Estamos preocupados com a forma como tais atividades poderão substituir as aulas presenciais”, explica Paulo Porto. Ele questiona se as crianças que precisam de atendimento especial, que necessitam de PAP (Professor de Apoio Pedagógico) ou que frequentam Sala de Recursos terão acesso a essa assistência de maneira remota. Há preocupação também com a avaliação dessas crianças, já que o professor não acompanhará e, portanto, pode não ter todas as condições para avaliá-las. Dessa forma, a avaliação pode não mostrar resultados reais dependendo do tipo e da forma que será feita. Outro problema encontrado é que nas escolas do campo os alunos podem ser prejudicados dependendo do modelo adotado, já que em muitos lugares não se tem acesso à internet. Além do fato de que o próprio processo de aprendizagem pode ficar prejudicado, considerando que muitos pais não têm condições pedagógicas ou materiais para explicar as atividades e os conceitos para seus filhos. Diante desse cenário, fica a preocupação e o questionamento à SEMED para que esclareça sobre a determinação e demonstre sua eficácia.
Porto quer saber, também, se os professores da rede participarão desse debate. “Eles (os professores) foram ouvidos na tomada de decisão deste formato de reposição?”, questiona. E o vereador deixa mais uma pergunta: “Como o Município e o Estado estão dialogando para alinhar seus calendários, uma vez que o ensino tem uma continuidade e é necessário que ambos estejam caminhando juntos para a sucessão dos anos letivos?”.
Assessoria do Vereador Paulo Porto/CMC