Uma tentativa de resolução do impasse nas terras sob disputa da área da Araupel, em Quedas do Iguaçu, começa a ser debatida nesta segunda-feira (20/2) em Curitiba. Uma reunião entre representantes do Governo do Estado, do Ministério Público, integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e da empresa, poderá avançar de forma democrática para solucionar os conflitos.
O diálogo entre as partes foi anunciado na Câmara de Cascavel pelo vereador Paulo Porto (PCdoB), que destacou o papel fundamental do assessor de Assuntos Fundiários do Estado, Hamilton Serighelli neste trabalho. “Há três anos venho denunciando as grilagem da Araupel e as arbitrariedades das forças de segurança pública e privada contra membros do MST. Porém, hoje é um dia de comemorarmos pois se avança a possibilidade de uma resolução na perspectiva legal deste impasse”.
Pelo acordo que começa a ser debatido nesta semana está prevista a suspensão das reintegrações de posse em áreas da Araupel e a empresa teria autorização para a retirada de toras de pinus e eucalipto das áreas de reflorestamento.
Quanto à extração ilegal de madeira nas áreas da empresa, situação já denunciada há tempo pelo MST, será criada uma força-tarefa específica entre a Polícia Civil e Militar para identificar e prender os responsáveis. Ambas as partes – Araupel e MST – se comprometeriam em aguardar decisão judicial definitiva em relação às terras em litígio.
“Esse é um primeiro passo para buscar uma solução democrática. Que as agressões cessem e que a Justiça decida. Que a questão agrária no Paraná seja tratada como deve ser, como política pública”, disse Paulo Porto em plenário.
Assessoria / Paulo Porto