Declarações do Ministro da Economia, Paulo Guedes, soaram infelizes para muitos. Após chamar os servidores públicos de “parasitas” e afirmar que o dólar alto é bom por impedir de que “empregadas domésticas” fossem para a Disney, alusão ao dólar baixo quando muitos viajaram ao exterior. Para o Vereador Paulo Porto (PCdoB), são declarações que demostram claramente a concepção de Estado e sua perspectiva de classe.
Servidores públicos há muito são alvos de críticas e perseguições. Atualmente essas atitudes aumentaram significativamente, principalmente por parte da atual administração pública, que muitas vezes os trata como inimigos, essa atitude ecoa em boa parte da sociedade. Porto entende que quando o Ministro da Economia afirma que o servidor público é um parasita, não é um ataque ao servidor, e sim um ataque contundente as políticas públicas, um ataque a concepção de um Estado que esteja a serviço da diminuição das desigualdades sociais. “Para o Ministro, seu mundo ideal seria o “cada um por si” – um Estado mínimo, com a completa ausência de políticas sociais” afirma.
O Vereador acredita que não é à toa que a Constituição Cidadã de 88 está sendo dilacerada por este governo por meio de inúmeras PECs. Não é à toa que se quer extinguir o FUNDEB, que se quer liquidar o SUS e todas politicas protetivas aos mais pobres. Não é à toa que seus alvos principais são a Educação e a Saúde, por isso é necessário atacar justamente aqueles materializam e levam esta política a população, isto é, os servidores públicos federais, estaduais e municipais. “Se o servidor é um parasita a quem serve o Estado? E a resposta é clara: aos bancos, ao mercado financeiro e ao grande capital” define Paulo Porto.
Esta forma de pensar o Estado leva para a outra declaração e explicita a concepção de classe. Para o Ministro Guedes, o dólar alto é bom pois acaba com a farra de domésticas irem a Disney. Para Porto esta frase parte de uma falsa premissa “As domésticas nunca foram a Disney – a não ser como domésticas” diz. “Esta afirmação típica de um senhor de engenho traz uma verdade: que é justamente o medo da Casa Grande, que é o medo dos filhos das empregadas domésticas fazerem faculdade, o medo dos pobres terem acesso a dignidade, o medo dos aeroportos virarem uma grande rodoviária” afirma. Para o Vereador esta frase revela o imenso preconceito e o ódio deste governo em relação aos pobres. Assim, estas frases se completam e apontam para um mesmo projeto de Brasil, um mesmo projeto de governo. “Uma economia voltada aos bancos, ao capital rentista e um Estado de costas ao mais pobres. Um governo onde os ricos fiquem mais ricos a custa de que os pobres se tornem miseráveis” conclui Paulo Porto.
É preciso observar o que isto que tem a com Cascavel. Este projeto de nação irá definir se teremos vagas nos CMEIs ou não, se teremos leitos no HU ou não, se teremos água potável para todos ou não. “Quem não entender este debate e estas relações terá problemas em dialogar com a população neste ano de 2020” define Paulo Porto.
Assessoria de Imprensa/ Vereador Paulo Porto