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Proposta de bilhetagem eletrônica é aprovada em primeira votação

Segundo item da pauta desta segunda-feira (23), o Projeto de Lei 159/2014 que dispõe sobre a utilização de bilhetagem eletrônica no transporte coletivo de Cascavel foi o assunto mais discutido da sessão. Após cerca de duas horas de discussão, o projeto foi aprovado com 13 votos favoráveis e sete contrários.
A proposição, dos vereadores Gugu Bueno (PR), Romulo Quintino (PSL) e Luiz Frare (PDT) regulamenta a implantação do cartão eletrônico para utilização nos ônibus da cidade. Neste cartão serão gravadas todas as informações sobre carga e recarga, passe de estudante e idoso, descontos tarifários e integração.
De acordo com os proponentes, a bilhetagem eletrônica moderniza o sistema e reduz o risco de assaltos aos veículos, pois retira a circulação de dinheiro nos veículos, aumentando a segurança tanto dos usuários quanto dos motoristas e cobradores.
O segundo ponto destacado na justificativa do projeto é a possibilidade de redução do valor da tarifa. “A adoção desta medida, a despeito dos custos iniciais de instalação e operacionalização, impactará na redução do valor da tarifa a médio e longo prazo, ampliando o acesso da população ao serviço essencial de transporte coletivo”, afirmam os autores.
Um dos pontos mais polêmicos do projeto é o risco de dispensa de 300 cobradores. Os representantes da categoria e inúmeros funcionários estiveram no plenário para acompanhar a votação, enquanto os ônibus ficaram parados nos terminais. Em seu pronunciamento, o vereador Romulo Quintino assegurou que “os vereadores assumem o compromisso de procurar as empresas e ombrear a garantia de que todos os empregos serão mantidos”.
Na opinião do vereador Paulo Porto (PCdoB), é ingênuo acreditar que o custo cairá e desta forma o preço da passagem também. “É ingenuidade acreditar que empresário ao aumentar seu lucro irá dividi-lo com o restante da população por meio de uma tarifa mais baixa. Maximizar lucro significa apenas mais lucros para as empresas”, comentou. O vereador Gugu Bueno (PR) defendeu um compromisso público, devidamente registrado em cartório, envolvendo a Câmara, Prefeitura, Cettrans e o Sindicato, com o compromisso de que ninguém será demitido, a não ser que opte pelo PDV- Programa de Demissão Voluntária”.

Os vereadores Rui Capelão, Pedro Martendal, Celso Dal Molin, Jorge Menegatti, Professor Paulino e Jorge Bocasanta também votaram contra o projeto. Votaram a favor os vereadores Aldonir Cabral, Cláudio Gaiteiro, Fernando Winter, Ganso sem Limite, Jaime Vasatta, João Paulo, Luiz Frare, Marcos Rios, Nei Haveroth, Robertinho Magalhães, Romulo Quintino, Vanderlei do Conselho e Walmir Severgnini.
Na sessão de amanhã, terça-feira (24), o projeto volta a ser discutido em segunda e última votação. A sessão tem início às 14h30.

(Assessoria/CMC)