Não bastasse o sério problema de inacessibilidade, de rede elétrica precária e uma estrutura de mais de 30 anos, a comunidade da Escola Municipal Maria Tereza Abreu Figueiredo, no bairro Santa Cruz, região oeste de Cascavel, está convivendo com o transtorno de obras paralisadas que tem colocado a integridade de funcionários e alunos em risco.
A situação da unidade que atende alunos da educação infantil e fundamental foi constatada pela Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Câmara de Cascavel nesta quinta-feira (21), durante visita do vereador Paulo Porto (PCdoB). Presidente da comissão, o parlamentar esteve no local para verificar o andamento das obras, que visam melhorar o escoamento na unidade por meio da construção de canaletas.
Em contato com os funcionários, Porto foi informado que tudo está paralisado há algumas semanas. Além dos buracos e os entulhos, a escola também tem problemas com fossas desativadas que continuam abertas. Tudo isso coloca em risco as crianças e há relatos de alunos que já sofreram acidentes. Também em virtude da paralisação nas melhorias, o horário de recreio dos alunos vem acontecendo no ginásio da unidade.
Outra constatação é que a reforma não irá solucionar em nada um dos maiores problemas da unidade, que não conta com qualquer adaptação à acessibilidade. "O terreno onde está edificada a escola conta com vários desníveis, a acessibilidade é zero, o que se torna um grande problema nos dias de chuvas fortes, com alagamentos em algumas dependências da unidade", diz Porto, alertando para o fato da escola atender alunos com necessidade especiais.
O vereador cobra a retomada das obras atuais, além de um projeto por parte da Secretaria Municipal de Educação para uma reforma geral em toda estrutura da unidade. “Essa escola passou apenas por pequenas ampliações, mas essa estrutura já não comporta a demanda da comunidade. O Executivo precisa de forma urgente voltar os olhos para essa situação, elaborar um projeto de reforma geral da escola o quanto antes", conclui.
De acordo com os professores, uma reforma geral estava prevista para o segundo semestre deste ano, porém foi adiada para 2015, por determinação da Secretaria de Educação.
Júlio Carignano / Assessoria de Imprensa / Paulo Porto