Convocado pela Comissão de Agricultura e Defesa do Meio Ambiente, o SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) apresentou na Câmara nesta terça-feira (17) o Programa Agrinho, desenvolvido nas escolas do Paraná e que trata de temas como meio ambiente, saúde, trabalho e agricultura.
A principal motivação para convocar a entidade a prestar esclarecimentos foi a recomendação do Conselho Municipal de Educação de Cascavel para que as escolas do município não utilizassem os materiais do programa por estarem em desconformidade com o currículo em vigência. O ponto mais polêmico da questão é a maneira como o programa aborda a questão do uso do agrotóxico e da segurança alimentar.
Cleverson Andreoli, assessor técnico do SENAR, explicou que “atualmente o Programa Agrinho é o maior programa de educação ambiental do Brasil e já distribuiu mais de 20 milhões de cartilhas”. Segundo ele, o material aborda a questão da utilização do agrotóxico com critério, explanando os riscos envolvidos no uso e as alternativas de manejo sem agrotóxico.
Na opinião do vereador Nei Haveroth (PSL), o trabalho de aproximar os alunos da rotina da produção agrícola é positivo. “É preciso debater com a comunidade a importância do programa Agrinho e avaliar como crianças e professores podem se beneficiar destes materiais”.
Para Paulo Porto (PCdoB), a discussão deve ser feita com o Conselho Municipal de Educação, mas o vereador já manifestou publicamente sua opinião de que "o programa ensina crianças do campo a entenderem que a utilização de agrotóxicos é uma coisa natural, inevitável para a produção de alimentos e o faz dentro de uma farsa pedagógica", ressaltou o vereador.
O Agrinho é um programa do Sistema FAEP, resultado da parceria entre o SENAR-PR, FAEP, o governo do Estado do Paraná, mediante as Secretarias de Estado da Educação, da Justiça e da Cidadania, do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, da Agricultura e do Abastecimento, dos municípios paranaenses e diversas empresas e instituições públicas e privadas.
Assessoria de Imprensa/CMC