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Vereador Paulo Porto faz visita à Cootacar

Na tarde desta quarta-feira (27) pouco antes do jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo, o mandato do vereador Paulo Porto esteve na cooperativa de catadores Cootacar (Cooperativa de Trabalhadores Catadores de Material Reciclável), localizada na Rua João XXIII, no Bairro Brasmadeira. O objetivo da visita era ouvir as principais demandas e dificuldades dos cooperados, que tem enfrentado uma redução significativa na quantidade de material, e, como consequência, redução de ganhos.

De acordo com a assistente social, Alessandra Baldin, a maior preocupação está no fato de que, estes materiais são a base do sustento de, em média, 70 famílias. “Já chegamos a mais de 100 cooperados ativos, hoje conseguimos manter uma média de 70. A questão é que, se diminui a quantidade de material, diminui o ganho. Se diminui o ganho, os cooperados acabam se afastando da atividade”, explicou o responsável técnico da cooperativa, Jonatas Barreto. O que tem dado um suporte à cooperativa é o material coletado com caminhões próprios, obtidos através de convênios com a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e a Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos). Estes caminhões fazem coleta em condomínios da cidade, no entanto, manter estes caminhões envolve uma despesa de, aproximadamente, R$7 mil mensais. Despesa que a cooperativa se desdobra para conseguir dar conta.

Mas o que justifica essa redução de materiais? De acordo com Jonatas, de uma, duas, ou as pessoas não estão separando o lixo, ou a ação dos atravessadores tem ganhado cada vez mais força. Ele explica que existem pessoas que compram e armazenam estes materiais de maneira irregular, oferecendo, inclusive, riscos ao meio ambiente. “Estes materiais ficam expostos”, disse. Quanto à primeira hipótese, Alessandra destaca a importância do trabalho de educação ambiental, bem como a distribuição das ‘bags’ nas residências.

A Cootacar

No ano de 1999 o Ecolixo foi instituído, prevendo a organização de cooperativas. Nesta época a prefeitura comprava o lixo dos catadores. Em 2003, estes catadores começaram a se organizar e foi fundada a Acamar (Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Cascavel). Em 2006 estes catadores foram convidados a sair da Ecolixo, uma grande estrutura anexa ao Parque Vitória. Neste mesmo período, estes catadores passaram por uma ampla formação, envolvendo entidades como a Itaipu. Diante desta formação, eles compreenderam que era necessária a criação de uma cooperativa e assim nasceu a Cootacar.

Na época, a cooperativa fez um convênio com o município, onde este pagava o aluguel de um barracão, a água e a luz. Ao sair da Ecolixo, a cooperativa mudou-se para um barracão na Rua Carlos Gomes, onde ficou por, aproximadamente, um ano e meio. Depois disso, em 2009, os cooperados voltaram para o Ecolixo, onde ficaram por aproximadamente dois anos e meio. Depois disso foram novamente convidados a sair da estrutura e foram para um barracão na Avenida Barão do Rio Branco. Por fim, foram transferidos para o barracão onde hoje atuam.

Assessoria de Comunicação/CMC