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Vereador rechaça "pacotaço" que permite venda de ações da Copel e Sanepar

Em pronunciamento nesta terça-feira (13/9), na Câmara de Cascavel, o vereador Paulo Porto (PCdoB) rechaçou o ‘pacotaço’ do Governo Beto Richa (PSDB), enviado à Assembleia Legislativa do Paraná, que tem como um dos propósitos a venda de ações da Copel (Companhia Paranaense de Energia Elétrica) e da Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná).

Com 154 emendas e desmembrado em seis projetos, a proposta foi apreciada hoje pelos deputados paranaenses. Para Porto, o pacotaço é mais uma investida contra o patrimônio público. "Na prática, esse projeto é uma carta branca ao governo para privatizar as duas maiores empresas públicas do Estado", destacou.

Caso aprovado o projeto, o governador terá a liberdade de vender o que foi construído com muito esforço pelos servidores. "Novamente o pretexto usado como argumento é o ajuste fiscal, que na prática é cortar na carne do trabalhador o fruto da má administração deste governo", disse Porto.

O vereador lembrou dos parlamentares favoráveis ao pacotaço. "Infelizmente dois de nossos deputados cascavelenses foram favoráveis, os deputados André Bueno e Adelino Ribeiro. Já o deputado Paranhos, licenciado, não participou da votação deste importante debate. Vale parabenizar de público o voto dos deputados Professor Lemos e Marcio Pacheco, que posicionaram contra o projeto".

Para Porto, neste momento de eleições municipais, é preciso destacar o posicionamento de nossos representantes. "Lembremos de quem é favor da privataria, da entrega de nosso patrimônio e aqueles que são favoráveis as políticas públicas, de quem está do lado dos servidores públicos e do nosso patrimônio", concluiu Paulo Porto.

Leilão

As estatais representam além de valores, a vida de mais de 26 mil trabalhadores. Os paranaenses detêm 58,6% das ações da Copel e 74,97% da Sanepar. Com a venda, o governo entregará 8,5% das ações da Copel. No caso da Sanepar, o leilão será de cerca de 25% das ações da empresa. As empresas arrecadam por ano R$ 200 milhões aos cofres do governo. A perda anual com a venda do excedente dos ativos da Copel e Sanepar no mercado financeiro poderá chegar a R$ 60 milhões por ano, segundo cálculos apresentados pelo Senge-PR (Sindicato dos Engenheiros do Paraná).

Assessoria do vereador Paulo Porto