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Vereadores ampliam debate sobre Projeto que trata do parto humanizado

Uma reunião na manhã de hoje (9) na antessala do Plenário da Câmara permitiu avançar nos debates em torno do Projeto de Lei 56/2016, que dispõe sobre a obrigatoriedade da presença de “doulas” durante o parto, nas maternidades de Cascavel.
Com o objetivo foi obter informações de todas as partes interessadas, boa parte das quais irão embasar emendas ao Projeto, participaram o presidente da Comissão de Saúde e Assistência Social, Pedro Martendal, Jorge Bocasanta (membro) e o vereador Professor Paulino, que na semana passada promoveu uma audiência pública sobre o tema.
Também participaram e debateram o Projeto, representantes de diversos setores, como Nadir Ville (Hospital Universitário), Thais Zanela (doula), Orlando Silveira Bastos (médico, Hospital São Lucas), Alessandra dos Reis (Coren – Conselho de Enfermagem), Maria Bággio (enfermeira e professora da Unioeste) e Marcos Lima (pai).
De forma geral, ficou evidenciado o consenso de que todas as partes são favoráveis a medidas que possam ampliar o processo de parto humanizado, com a necessidade de que os hospitais públicos e privados estejam devidamente inseridos no processo. A íntegra do projeto original, ainda sem emendas, pode ser visualizada em http://10.0.100.170:8080/sapl/sapl_documentos/materia/9583_texto_integral

O QUE É UMA DOULA?
De origem grega, o nome "doula" significa “mulher que serve” e seu papel é oferecer suporte físico e emocional à parturiente, possibilitando que esta se sinta segura e tranquila para um dos grandes momentos da sua vida: o nascimento de um filho. A doula não substitui o acompanhante (nem pode tomar decisões em nome da mulher), não tem formação em obstetrícia e sua presença permite que as enfermeiras possam se concentrar nas atividades próprias de sua formação.
No entanto, a doula está plenamente apta para oferecer alívio para as dores das contrações por meio de métodos não farmacológicos, como massagens, técnicas de relaxamento e respiração, exercícios, banhos e imersão em água quente, e dicas de posições durante o trabalho de parto e o parto. Além disso, oferece apoio emocional e encoraja a mulher a se lembrar de seu dom natural de dar a luz.
Diversos estudos científicos apontam para os benefícios relativos à presença desta profissional no pré-natal e no parto, entre elas: redução de 50% nos índices de cesáreas e de 40% no uso de fórceps, maior sucesso na amamentação, e queda nos casos de problemas psicológicos no pós-parto, tais como depressão, ansiedade e baixo autoestima. Apesar de tantas vantagens, a maioria dos estabelecimentos hospitalares hesitam em permitir que a doula acompanhe a parturiente, obrigando-lhe a escolher entre a presença da profissional ou do companheiro ou de algum familiar.
(Assessoria de Imprensa/CMC)