O crônico problema da falta de leitos nas UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento) dominou as discussões durante o grande expediente da sessão desta terça-feira (9), da Câmara de Vereadores de Cascavel.
O vereador João Paulo (PSD), que foi relator da CPI da Saúde, deu início ao debate que foi carregado de críticas ao governo do Estado pela ausência de medidas para diminuir o problema da falta de leitos.
“Desde ontem estamos intercedendo por pessoas que estão esperando um leito. A UPA tem cumprido seu papel, mas quando o médico que necessita da transferência do paciente, tem que ser atendido imediatamente e oi paciente transferido. O que não se pode é deixar essas mortes acontecerem”, afirmou o vereador.
O vereador Gugu Bueno (PR), que presidiu a CPI, fez severas críticas ao diretor da 10ª Regional de Saúde, Miroslau Bailak. Ele citou a grande quantidade de mortes nas UPAs de pessoas que aguardavam uma transferência para um hospital. “Provamos com dados e números e desmentimos o chefe da Regional de Saúde, Miroslau Bailak. Nos últimos dois anos tivemos um aumento de 150% de mortes em nossas UPAs. Se nada for feito, 2015 será ainda pior. Em relação ao chefe da 10ª Regional eu perdi as esperanças. Um coração insensível que não se preocupa com nossa população”.
Já o vereador Vanderlei do Conselho (PSC), sugeriu a convocação de uma audiência pública com a presença do secretário de Estado da Saúde, Micheli Caputo Neto. “O Município tem cumprido com sua parte nas UPAs mas o Estado não tem cumprido. Sugiro que seja feita uma audiência publica, e que o Micheli venha a Cascavel dizer sobre a situação da saúde, sobre a 10ª Regional e sobre a falta de leitos”.
Durante a sessão foi aprovado um requerimento do vereador Jorge Bocasanta (PT), pedindo informações à Secretaria de Saúde sobre a quantidade de pessoas que morreram nas UPAs nos últimos dois anos. “As UPAs foram feitas para o cidadão ficar no máximo 24 horas internado, mas aqui em Cascavel a lei não funciona”, disse o petista.
Ele reafirmou ainda que vai buscar um meio de responsabilizar a Promotoria de Defesa da Saúde por omissão aos problemas de falta de vagas. O requerimento foi aprovado e será encaminhado à Secretaria de Saúde.
Assessoria de Imprensa/CMC