Na manhã desta terça-feira, professores e demais servidores municipais em greve estiveram no gabinete do presidente da Câmara de Vereadores, Julio Cesar Leme da Silva (PMDB), atendendo convite do Legislativo para discutir questões relacionadas à paralisação. Na companhia de vários outros vereadores, Julio abriu a reunião lembrando que as negociações com o Executivo não têm evoluído de maneira satisfatória e que a partir de agora os vereadores estão comprometidos com o funcionalismo na tentativa de encontrar uma solução rápida para o problema.
Os servidores reivindicam 5,5% de reajuste salarial, sendo 3,3% de inflação acumulada nos últimos 12 meses e o restante a título de perdas salariais registradas ao longo dos últimos anos. Na última segunda-feira, o prefeito se reuniu com uma comissão de funcionários e propôs um reajuste utilizando apenas o índice de inflação, dividido em duas vezes, a ser aplicado nos meses de julho e agosto.
Os trabalhadores afirmaram durante o encontro desta terça que o Executivo, através de secretários, havia se comprometido em repassar 1,5% de perdas em 2007 e mais 1,5% em 2008, o que, segundo eles, não está sendo cumprido. “A administração municipal não tem mais qualquer credibilidade junto aos servidores e professores”, disseram, indignados com a informação veiculada em espaço publicitário da Prefeitura dando conta de que os salários dos professores foram reajustados em 11%.
Diante do exposto, Julio Cesar afirmou categoricamente que a partir de agora as iniciativas não serão mais paliativas e que os vereadores serão incisivos perante o Executivo. O presidente também adiantou a intenção de transformar o resultado de uma eventual negociação em lei. “Quando um acordo for fechado, vamos transformá-lo em lei para que não tenhamos novamente esse problema de não cumprimento da palavra”, frisou.
Após ouvir as reivindicações dos servidores, os vereadores foram até a Prefeitura para uma reunião com o chefe de gabinete Luiz Lima. O representante do prefeito afirmou que o reajuste pode até chegar a 5,5%, mas dependerá do aumento na arrecadação, ou seja, sem comprometimento formal, o que é exigido pelos sindicatos.
A proposta do Executivo será discutida ainda na tarde desta terça-feira durante assembléia geral no Ginásio de Esportes Sérgio Mauro Festugatto.
LEGENDA
Julio e demais vereadores reunidos com servidores e professores na manhã desta terça-feira
CRÉDITO
Lorena Manarin/Ass. Imp.