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Comissão busca opções para salvar leitos e empregos do Hospital do Coração

A situação do Hospital do Coração Nossa Senhora da Salete, referência em atendimento em cardiologia na região oeste do Paraná, foi discutida em uma reunião extraordinária do Conselho Municipal de Saúde, junto com a Comissão de Saúde e Assistência Social (CSAS) da Câmara Municipal de Cascavel, realizada nesta quinta-feira (22). A Comissão é composta pelos vereadores Edson Souza (MDB), Cidão da Telepar (PSB) e Sadi Kisiel (Podemos).

Desde o dia 12 de setembro, o Hospital suspendeu os atendimentos de médicos cardiologistas. Sendo assim, a grande demanda que existente no Hospital foi remanejada para os demais atores do sistema de saúde de Cascavel, que já se encontra superlotado. Desde então, autoridades tentam encontrar uma resolução para o impasse imobiliário que vive a casa hospitalar.

Durante a reunião, da qual também participaram os vereadores Melo (Progressista), Mazutti (PSC), Tiago Almeida (União Brasil), Policial Madril (PSC), Professora Liliam (PT) e Pedro Sampaio (PSC), novas informações sobre o hospital foram repassadas aos membros da Comissão e do Conselho de Saúde. O dr. Emerson Vilanova assumiu a direção do Hospital, em substituição ao médico Elton Rogério Lunardelli, e informou que não existem atrasos no pagamento do aluguel do prédio e que o pedido de despejo corre pelo valor total do imóvel. As autoridades buscarão uma extensão do prazo de desocupação do imóvel, para que uma nova sede do Hospital do Coração possa ser construída.

Em meio a toda essa situação, o vereador Edson Souza, presidente da CSAS, prioriza a manutenção dos leitos e dos empregos existentes no Hospital. “Estes leitos não podem ser fechados de maneira alguma, pois vão sobrecarregar o sistema de saúde cascavelense, o que dificultará em muito o atendimento. Além disso, mais de 250 famílias são sustentadas por meio dos empregos gerados pelo hospital, não podemos deixar tantas pessoas desamparadas e sem emprego de uma hora para outra”, comentou.

Por se tratar de uma questão delicada, outras saídas são apontadas. O vereador Edson Souza lembra que a desapropriação pode ser um caminho viável. “Caso o impasse não seja resolvido, desapropriar o prédio pode ser uma alternativa. Aquele espaço é de interesse público e de interesse em saúde pública. No entanto, buscaremos outras maneiras de resolver o impasse antes de começar um processo de desapropriação”, explica.

Um grupo de entidades formará uma comissão para buscar soluções para o impasse. São elas: Comissão de Saúde da Câmara, Conselho Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde, 10ª Regional de Saúde, Ministério Público, CMC Hospital do Coração, representantes dos trabalhadores, da família proprietária do imóvel e o Instituto Paranaense de Assistência.

Primeiramente, a comissão tentará negociar com os representantes dos proprietários do prédio, com o objetivo de aumentar o prazo para a desocupação. A juíza que decidiu pela ordem de despejo será contatada, para que os membros negociem novos caminhos. Caso as estratégias não funcionem, a comissão partirá para o processo de desapropriação do prédio.

Assessoria do Vereador Edson Souza/CMC