Como havia prometido no dia anterior, o vereador Mário Seibert (PMDB) fez uso da tribuna durante as sessões realizadas nesta quarta-feira (30) para se pronunciar a respeito das denúncias de que vinha fazendo parte da base de sustentação ao prefeito na Câmara em troca de cargos que estavam sendo ocupados pela esposa e irmão. Ambos foram exonerados nesta semana.
O vereador reconheceu ingenuidade ao tentar participar de uma licitação em São Paulo e contrair um empréstimo junto ao então chefe de gabinete da Prefeitura, Cléverson Thomé. “Realmente foi uma fraqueza. Eu não tinha o dinheiro para participar da licitação e acabei emprestando. Fui enganado, tudo não passava de golpe e tive que honrar o compromisso”, explicou Seibert, ressaltando que foi obrigado a se desfazer de automóvel, terreno e ainda teve que contrair empréstimo bancário, o qual realmente estava sendo pago com parte do salário da esposa, lotada na Secretaria de Cultura. “Era uma dívida comum, como acontece em praticamente todas as famílias. E foi em família que discutimos e chegamos à conclusão de que minha esposa poderia me ajudar. Nós tiramos o dinheiro do orçamento familiar para honrar um compromisso”, disse.
O vereador lembrou que não denunciou os golpistas de São Paulo à época porque vinha recebendo ameaças, mas que levará os nomes às autoridades competentes. “Não vou mais aceitar ameaças”, finalizou.
LEGENDA
Mário Seibert reconheceu ingenuidade, mas negou a troca de apoio político por cargos
CRÉDITO
Edson Mazzetto/Ass. Imp.