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Associação Cascavelense de Portadores de Parkinson é declarada de utilidade pública

Os vereadores aprovaram por unanimidade nesta segunda-feira (12) o Projeto de Lei nº 79 de 2021, de declara de utilidade pública a Associação Cascavelense de Portadores de Parkinson – ACPP. A votação da lei foi acompanhada pelos membros da associação, que comemoraram este avanço.

Proposta pelo vereador Sadi Kisiel (Podemos), a Associação Cascavelense de Portadores de Parkinson não tem fins lucrativos e tem por finalidade unir as pessoas portadores de síndrome de Parkinson, representar os associados na defesa de seus direitos constitucionais relativos à atenção integral ao tratamento e garantia dos medicamentos necessários e promover a integração social, criar, manter e desenvolver atividades e serviços de assistência social.

A associação tem como presidente Leonice Furmaniak Wisniewski e seu trabalho abrange o município de Cascavel e microrregião Oeste, incluindo os municípios de Anahy, Boa Vista da Aparecida, Braganey, Cafelândia, Campo Bonito, Capitão Leônidas Marques, Cascavel, Catanduvas, Céu Azul, Corbélia, Diamante do Sul, Guaraniaçu, lbema, lguatu, lracema do Oeste, Jesuítas, Lindoeste, Matelândia, Nova Aurora, Santa Lúcia, Santa Tereza do Oeste, Três Barras do Paraná e Vera Cruz do Oeste.

Como explica Sadi Kisiel, “com a declaração de utilidade pública a associação pode buscar parcerias, receber doações de empresas de forma legalizada e expandir sua atuação, que é de extrema relevância para a comunidade”.

Saiba mais sobre a doença de Parkinson

A Doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva. É causada por uma diminuição intensa da produção de dopamina, que é um neurotransmissor (substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas). 

A dopamina ajuda na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática, ou seja, não precisamos pensar em cada movimento que nossos músculos realizam, graças à presença dessa substância em nossos cérebros. Na falta dela, particularmente numa pequena região encefálica chamada substância negra, o controle motor do indivíduo é perdido, ocasionando sinais e sintomas característicos, como lentidão motora, rigidez entre as articulações do punho, cotovelo, ombro, coxa e tornozelo, os tremores de repouso notadamente nos membros superiores e geralmente predominantes em um lado do corpo quando comparado com o outro e, finalmente, o desequilíbrio. Estes são os chamados “sintomas motores” da doença, mas podem ocorrer também “sintomas não-motores” como diminuição do olfato, alterações intestinais e do sono.

Tratamento

A doença de Parkinson é tratável e geralmente seus sinais e sintomas respondem de forma satisfatória às medicações existentes. Esses medicamentos, entretanto, são sintomáticos, ou seja, eles repõem parcialmente a dopamina que está faltando e, desse modo, melhoram os sintomas da doença. Devem, portanto, ser usados por toda a vida da pessoa que apresenta tal enfermidade, ou até que surjam tratamentos mais eficazes. Ainda não existem drogas disponíveis comercialmente que possam curar ou evitar de forma efetiva a progressão da degeneração de células nervosas que causam a doença. Tratamento com equipe multiprofissional é muito recomendado, além de atividade física regular. O objetivo do tratamento, incluindo medicamentos, fisioterapia, fonoaudiologia, suporte psicológico e nutricional, atividade física entre outros é melhorar a qualidade de vida do paciente, reduzindo o prejuízo funcional decorrente da doença, permitindo que o paciente tenha uma vida independente, com qualidade, por muitos anos.

Prevenção

Não há como prevenir a doença de Parkinson com os recursos disponíveis atualmente. Embora hoje seja possível identificar indivíduos com alto risco de conversão para Parkinson, por exemplo, portadores assintomáticos de genes patogênicos, as estratégias medicamentosas e com outras terapias alternativas ainda não se mostraram eficazes para prevenir a progressão da doença. 

Assessoria de Imprensa/CMC