O vereador Edson Souza (MDB), em reunião ordinária da Comissão de Saúde e Assistência Social na tarde de segunda-feira (21), propôs que se discuta a transformação do prédio que havia sido construído para uma futura Ala de Queimados do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) em um Centro de Cirurgias Programadas, podendo assim acabar com a fila de espera em Cascavel.
O espaço, que foi construído para atendimento a pacientes queimados no HUOP é utilizado atualmente como referência para UTI no atendimento de pacientes com covid-19. A proposta é que, após a pandemia, o espaço seja destinado para o atendimento de pacientes que aguardam há anos por cirurgias. “A pandemia tem dificultado ainda mais o atendimento a essas cirurgias nesse último ano, pois as que não se transformaram em emergenciais foram suspensas e, assim, a fila continua aumentando na região”, afirma Edson.
Atualmente o HUOP tem cerca de 100 cirurgias eletivas contratadas/mês. Com a nova estrutura, a previsão é que esse número suba para até 500 cirurgias. “O HUOP é a instituição que mais realiza cirurgias eletivas, e enfrenta um grande problema com a estrutura. O Centro Cirúrgico atende também pacientes do Pronto Socorro, vítimas de trauma, é uma grande demanda de pacientes de toda região, e que precisam do atendimento emergencial. Sendo assim, uma cirurgia eletiva já programada pode ser remarcada se houver um atendimento emergencial do Pronto Socorro no mesmo momento”, explica Edson.
De acordo com o vereador, mesmo ainda sem previsão de acabar a pandemia e os atendimentos a pacientes com covid-19, a Comissão de Saúde deve puxar a discussão. “Esse debate pode definir as alterações que o hospital precisa para realizar esse atendimento, precisa organizar a fila, assim como definir os gastos e pagamentos. A ideia é que o paciente tenha o atendimento desde o ambulatorial nesse espaço e, além disso, realize os exames no Centro de Imagens do HUOP, e assim faça a cirurgia o mais breve possível”, ressalta Edson.
Ainda com relação à Ala de Queimados, o vereador enfatiza que os dados apontam poucos casos de atendimento ao ano. “O levantamento aponta de 7 a 9 casos de pacientes queimados por ano, já nas cirurgias eletivas pudemos perceber pacientes há quase 10 anos na fila. Precisamos reorganizar essa fila após a pandemia e propor um atendimento mais ágil”, comenta.
O próximo passo nessa discussão será uma audiência pública na Câmara de Vereadores para discutir o assunto e, na sequência, o diálogo com o Governo do Estado, Secretaria de Estado de Saúde e 10ª Regional de Saúde, sobre a possibilidade de utilizar o espaço para esse fim após a pandemia da covid-19. “O papel da Comissão de Saúde é ajudar a pensar na saúde do município, assim como da região, e por isso devemos lutar por saúde digna para todos e resolver demandas que há décadas estão represadas em nossa cidade”, finaliza Edson.
Assessoria do Vereador Edson Souza/CMC
