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Suspensão do Programa de Natação e Hidroginástica prejudica população, diz Laércio

Após ser alcançado por questionamentos de munícipes acerca das aulas do Programa de Natação e Hidroginástica, as quais estão suspensas por prazo indeterminado em razão da falta de matéria prima necessária para o funcionamento da caldeira, o vereador Laércio de Oliveira (PT) está solicitando esclarecimentos à Secretaria de Esporte e Lazer.

Segundo as informações emitidas pela Secretaria na suspensão das aulas em outubro de 2022, os chamados "pellets", material utilizado na caldeira para o aquecimento da água da piscina, seria produzido por uma empresa da Rússia, a qual não conseguiu entregar o produto ao fornecedor em virtude da guerra.

No entanto, em pesquisa ao Portal da Transparência do Município, a empresa vencedora da licitação para a entrega de 300 toneladas do material durante a vigência de 12 meses, após contrato firmado em julho de 2022, no valor total de R$ 343.050,00, não traz a especificidade da marca fornecida, apenas descreve que trata-se de "pellet de pinus".

Sendo o Paraná o estado com maior contratação de florestas de pinus no Brasil, o vereador questiona se houve busca por alternativas para aquisição dos "pellets" de indústrias brasileiras, ao invés de importadoras. "Consta no Portal da Transparência que a empresa vencedora, em contratos anteriores, utilizava o produto da marca Araupel, por essa razão nos estranha a justificativa da Secretaria para a suspensão das aulas. Além disso, o conflito da Rússia e Ucrânia ocorria antes do contrato ser firmado no último semestre", destaca Laércio.

Izis de Souza, 59 anos, frequenta as aulas de hidroginástica no Parque Tarquínio desde 2018 e afirma que a suspensão das aulas teve um grande impacto no seu cotidiano e dos seus colegas, "sou costureira e trabalho sentada por muito tempo. Sem as aulas, começaram as câimbras e a insônia. A Secretaria até disponibilizou, inicialmente, outras atividades para substituição, mas sem equipamentos e em horários que eu e meus colegas não conseguimos participar, então nem aconteceram mais", relata.

O parlamentar também questiona se à época da aquisição das novas caldeiras (2018), o poder público municipal chegou a realizar estudos para verificar a viabilidade da instalação de energia solar para o aquecimento das piscinas ao invés do sistema por caldeira, bem como o que é necessário para a sua viabilização. "O investimento em energia solar pode ser um caminho para a economia de longo prazo do município, além de ter menos impacto ambiental", afirma.

Para responder os questionamentos dos cidadãos, o vereador protocolou o Requerimento nº 12/2023, na Câmara de Cascavel, nesta segunda-feira (23).

Assessoria de Imprensa/Laércio de Oliveira